Chegava a Santa Rita na pasteleira, comprada pelos tios maternos do marquês para recompensar a passagem na 4 ª classe, aptidão aos liceus e escola comercial. Porque na altura se esperava que o marquês se desenvolvesse mais em altura, a pasteleira foi também oferecida como recompensa pela conclusão do ciclo complementar dos liceus e de aptidão à universidade. Nesta altura, em que o marquês tinha 10 anos e os miúdos da marcela e santa rita começavam já a pensar em trabalhar, apresentar um futuro de estudo e educação merecia uma pasteleira das grandes. E era com esta pasteleira que o benfica e o marquês percorriam os dias.

Santa Rita era uma pequena capela e um casario ao redor. Era também a olaria que ia escavando o cerro dos barros. Não longe estava a escola onde a mãe do marquês tinha ensinado a ler alguns dos meninos de cacela e santa rita. Mas a escola acabou por ser substituída pela do centenário e apenas as ferragens que suportavam o pau da bandeira, assinalavam a presença do passado. Para o marquês santa rita era quase uma padroeira privada, nada que tivesse a ver com o culto social de outros santos mais falados. Por essa altura pensaria que escolher um santo menos solicitado traria vantagens de proximidade e de disponibilidade para o apoio que lhe fosse encomendado e por outro lado seria um favor feito ao santo ser seu sequaz...
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