
Nunca os vi - os títeres . Passavam na Marcela por altura em que me encontrava noutro reino. Idealizava-os como bobos da corte, cuspidores de fogo e magos que atravessam o tempo, ensaistas da diversão e ilusão, criadores do sonho dos caminhantes e acompanhantes de macacos, cães, gatos e ratos da india, todos amestrados. Os títeres cresceram comigo como druídas das veredas, expirados pelo sopro de mágica luz trespassada pelo cristalino. Diferentes, os saltimbancos eram destros nos movimentos de corpo, lançado em bailados acrobáticos, coreografias desconstrutivistas e politica versátil. Do corpo cuja projecção ultrapassaria os contornos da proximidade, ficando na memória, a evolução de fragmentos de movimentos fantásticos, ao ponto de se tornarem míticos com asas de cera.
Títeres e saltimbancos foram e são uma espécie de sempre deuses em pé, desafiadores dos cismas de cada época.
Títeres e saltimbancos foram e são uma espécie de sempre deuses em pé, desafiadores dos cismas de cada época.
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